Bernardo e Raquel namoravam há
pouco mais de um ano. Bernardo pertencia ao clã Akaja, uma antiga família de
lobos originários do oriente. Raquel pertencia ao clã Klein, lobos provindos da
América do Norte. Se conheceram por ocasião de uma cerimônia celebrada no
Brasil onde Bernardo foi apresentado aos seus como herdeiro do trono de Arkan.
Foi amor a primeira vista. Depois disso não conseguiram mais suportar a distância
e resolveram morar juntos em Santos, cidade onde Arkan deveria se estabelecer
em um futuro bem próximo.
Lívia era a única amiga deles que
conhecia aquele segredo e conseguia encarar o fato com alguma naturalidade. Ela
havia presenciado o começo de uma transformação de Bernardo por ocasião de um
assalto a um posto de gasolina. Quando os ladrões chegaram Bernardo abastecia
sua moto - uma XRE 300 cc, toda modificada para o estilo motard. Raquel tinha
descido da garupa e estava próximo a moto de Lívia - suzuki 1250cc, também
modificada por Bernardo e pronta para competições de arrancada, era quase uma
"dragster". Quando um dos bandidos
desceu de um carro e empurrou Raquel para que ela saísse do caminho. Ela
tropeçou e bateu com a cabeça no chão, desmaiando em seguida. Lívia e Bernardo
abaixaram-se para socorrê-la, foi quando Lívia percebeu os pelos no rosto e nas
mãos de Bernardo, assim como seus caninos que começavam a apontar. Ela ficou
relutante em olhar nos seus olhos, mas não se conteve e o que viu foram duas
"lanternas verdes" exalando fúria. Apesar de assustada, ambos
continuaram a dar assistência à Raquel. “Eu
vou socar este filho da puta que empurrou a Raquel, quero quebrar cada osso de
seu corpo. Só vou quebrar, prometo que não vou aleijar” O sorriso maligno
permanecia nos lábios, mas o verde dos olhos havia dado lugar a uma membrana
preta que cobria toda a extensão dos seus globos oculares. Bernardo praticamente
voou em cima do sujeito “- Pára Bê!!
Chega!” - gritou Raquel, ainda ligeiramente zonza, mas em condições de
parar Bernardo. Instantaneamente ele se acalmou e a fera que o possuía
desapareceu. Lívia ainda segurava Raquel em seu colo quando ouviu uma sirene ao
longe. “Estou com raiva, mas não sou um
monstro.” – disse Bernardo. Depois deste episódio, uma conversa franca transformou
Lívia e Bernardo em mais amigos que antes, além de cúmplices.
Era quase cinco da manhã quando
Lívia chegou em casa. Dormiu quase que de imediato. Acordou ao anoitecer.
Desceu até a cozinha, abriu a geladeira, mas não tinha fome. Reconheceu aquele
cheiro inebriante que a fez dormir profundamente na manhã anterior penetrando novamente por suas narinas. Assustada virou de
costas e deparou-se com a figura de um velho alto e esguio, com uma postura
elegante e imponente. “Querida, dei-lhe
um presente ontem. Sua vida humana não pertence mais a você, em compensação
dei-lhe a eternidade. Como espectro que agora é, pode ir a todos os lugares,
mas não poderá ser notada. Só será percebida quando alimentar-se de sangue.
Sim, como felina e predadora, sentirá necessidade de alimentar-se de criaturas
vivas. Sem isso, permanece espectro. Dei-te este presente com uma condição:
Quero que mate o herdeiro do trono de Arkan. Assim que o fizer terá sua vida
humana e mortal de volta.”
Bernardo, desculpa eu te dizer isso mas, você É um monstro! Lobisomem não é poodle, muito menos Bambi pra ter crise de consciência. Não adianta negar sua natureza animal, seu animal!!
ResponderExcluirEntão, larga mão de ser FAGuito e faz o que tem de ser feito. O público quer sangue, ver o circo pegar fogo e o palhaço morrer queimado (vivo)!
E quem é o "queridão" que esta atormentando a cabeça desmiolada da Lívia? "... dei-lhe a eternidade." - ela virou purpurina? hahaha!
Não resisti! Sacaneei!