terça-feira, 4 de outubro de 2011

Episódio 2


Lívia queimou com a brincadeira de mau gosto. Levantou-se com raiva deixando a cadeira que acabava de tombar no chão. Bernardo e Raquel olharam com espanto para aquela cena.  Ela continuou caminhando entre as pessoas quando ouviu um choro baixinho. Foi caminhando no sentido do som por aproximadamente uns cinco quarteirões. Foi então que, atrás de uma caçamba de entulho, deparou-se com uma imagem assustadora.

Deitada no chão com as roupas rasgadas e sujas de sangue estava uma menina franzina de não mais que quinze anos. O resto de forças que ainda tinha só lhe permitiam soluçar baixinho. A menina estava nos braços de uma moça que passava pelo local. Lívia pode escutar quando a menina chorando disse baixinho:  Eu disse pra ele que não queria, mas ele continuou. Eu disse que estava me machucando e gritei para ele parar, mas ele começou a bater minha cabeça no chão. A moça que tentava, em  vão, socorrer a menina perguntou quem tinha feito aquela atrocidade. A menina apenas apontou para a esquina à direita e perdeu os sentidos.

Tomada de uma raiva incontrolável, Lívia correu até a esquina e viu um sujeito meio ruivo, magro e alto correndo em direção ao cais do porto. Mesmo de salto alto, conseguiu alcança-lo. Chegando a um metro do sujeito suas unhas saltaram dos dedos como as de um felino prestes a atacar. Suas presas apareceram e com a rapidez de um relâmpago saltou sobre o homem, cortou sua jugular com a unha do indicador e quando ele começou a sangrar sugou seu sangue com a voracidade de uma onça enraivecida e faminta.

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