Sem mais nem menos, com as
janelas e portas fechadas, aquele perfume doce e inebriante entrou pelo
ambiente penetrando pelas narinas de Lívia deixando-a ressabiada. De onde vinha aquele aroma? Aos poucos
ela foi tomada por uma vontade incontrolável de dormir. E foi o que fez. Eram
dez horas da manhã, Lívia tinha se levantado as oito, tomado café puro, como de
costume, e estava lendo seus e-mails. Fechou o notebook, deitou o travesseiro e
dormiu profundamente por mais de doze horas.
Quando acordou já era quase meia
noite. Não se recordava com o que tinha sonhado, mas sentia-se bem, como se
alguma coisa muito boa tivesse acontecido. Estava muito bem disposta, bonita e
feliz, resolveu sair de casa e caminhar um pouco. Colocou seu melhor jeans,
suas botas pretas de salto agulha e uma blusa azul marinho que destacava ainda
mais seus olhos muito azuis. Desceu a rua escura em direção à praça central.
Era sexta-feira e o movimento dos jovens no local era grande, como de costume.
Avistou Bernardo e Raquel que
tomavam um chopp sentados na porta do Atlantis. Puxou a cadeira e sentou-se. Os
dois continuaram a conversar como se não tivessem notado sua presença. Que mania insuportável que vocês têm de
tirarem com a minha cara! Quando o garçom chegou, pediu um chopp, mas
ele também a ignorou.
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